O brincar e o jogar são atos indispensáveis à
saúde física, emocional e intelectual e sempre estiveram presentes em qualquer
povo desde os mais remotos tempo. Através deles, a criança desenvolvem a
linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a auto-estima,
preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e participar na
construção de um mundo melhor. O jogo, nas suas diversas formas, auxilia no
processo ensino-aprendizagem, tanto no desenvolvimento psicomotor, isto é, no
desenvolvimento da motricidade fina e ampla, bem como no desenvolvimento de
habilidades do pensamento, como a imaginação, a interpretação, a tomada de
decisão, a criatividade, o levantamento de hipóteses, a obtenção e organização
de dados e a aplicação dos fatos e dos princípios a novas situações que, por
sua vez, acontecem quando jogamos, quando obedecemos a regras, quando
vivenciamos conflitos numa competição, etc. (CAMPOS)
Segundo PIAGET (1967), “o jogo não pode ser visto
apenas como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele
favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral”. Através dele se
processa a construção de conhecimento, principalmente nos períodos
sensório-motor e pré-operatório. Agindo sobre os objetos, as crianças, desde
pequenas, estruturam seu espaço e seu tempo, desenvolvendo a noção de
casualidade, chegando à representação e, finalmente, à lógica. As crianças ficam
mais motivadas para usar a inteligência, pois querem jogar bem, esforçam-se
para superar obstáculos tanto cognitivos como emocionais.
O jogo não é simplesmente um “passatempo” para
distrair os alunos, ao contrário, corresponde a uma profunda exigência do
organismo e ocupa lugar de extraordinária importância na educação escolar.
Estimula o crescimento e o desenvolvimento, a coordenação muscular, as
faculdades intelectuais, a iniciativa individual, favorecendo o advento e o
progresso da palavra. Estimula a observar e conhecer as pessoas e as coisas do
ambiente em que se vive. Através do jogo o indivíduo pode brincar naturalmente,
testar hipóteses, explorar toda a sua espontaneidade criativa. O jogo é
essencial para que a criança manifeste sua criatividade, utilizando suas
potencialidades de maneira integral. É somente sendo criativo que a criança
descobre seu próprio eu (TEZANI, 2004).
O jogo é mais importante das atividades da
infância, pois a criança necessita brincar, jogar, criar e inventar para manter
seu equilíbrio com o mundo. A importância da inserção e utilização dos
brinquedos, jogos e brincadeiras na prática pedagógica é uma realidade que se
impõe ao professor. Brinquedos não devem ser explorados só para lazer, mas
também como elementos bastantes enriquecedores para promover a aprendizagem.
Através dos jogos e brincadeiras, o educando encontra apoio para superar suas
dificuldades de aprendizagem, melhorando o seu relacionamento com o mundo. Os
professores precisam estar cientes de que a brincadeira é necessária e que traz
enormes contribuições para o desenvolvimento da habilidade de aprender e
pensar. (CAMPOS).
Nenhum comentário:
Postar um comentário